quinta-feira, 13 de novembro de 2008

All That You Can't Leave Behind

Texto meio nada a ver, meio perdido. Mas o fato é que ele foi escrito.....então.....


Mais um ano, mais um aniversário, mais presentes, mais algumas expectativas, sonhos, capítulos findados e outros começados, assuntos esclarecidos tantos iniciados.....

No momento em que o relógio deixar de marcar 23:59 e passa para 0:00h, credita-se um ano a mais na sua idade. Uma a menos de vida pela frente. Nossa trajetória é rápida e seguir em frente é a tônica constante, mas minha pergunta é: o que não podemos deixar para trás? Parece-me que selecionar é a parte difícil dessa contagem regressiva.

Penso que viver é chave, já que são precisos muitos anos para se tornar uma pessoa e não apenas nove meses. O tempo passa e muita coisa fica para trás e hoje me orgulho de não mais ser um cara saudoso.

Como seria se assim ainda fosse? Como viver o amanhã querendo que fosse o ontem? Não imagino e nem quero.

Desejo as praias que ainda não vi, as pessoas que não conheci, assim como as dores e prazer que virão. Quero isso sem abrir mão do mar que avistei quando criança, sem esquecer da turma do desmantelo, do meu amigo cearense e muito menos de minha namorada. Isso eu não posso deixar para trás. Afinal eu sou eles.

Da forma como se desenham as coisas parece que essas ruas de calçamento, esse clima infernal e meus parentes vão deixar de me ver em breve. Pelo menos assim espero, afinal quero comemorar minha posse.

Super estranho esse mundo em que deixamos as pessoas que amamos, nossa família e amigos, tudo isso, atrás de dinheiro. Deixamos nossa casa por isso......acho estranho. Mas infelizmente quem deseja ser adulto tem que fazer isso, pois só é digno desse conceito quem paga suas contas. Assim disse meu irmão e concordo com ele. As vezes tudo se resume a dinheiro e essa é uma triste, mas factual, constatação.

Vinte e cinco anos........ e o que eu fiz? Já plantei uma árvore, comecei a escrever dois livros e não tenho nenhum filho. De qualquer forma, acho que estou no caminho.

Rubem Alves disse: “A celebração de mais um ano de vida é a celebração de um desfazer, um tempo que deixou de ser, não mais existe. Fósforo que foi riscado. Nunca mais acenderá. Daí a profunda sabedoria do ritual de soprar as velas em festa de aniversário.Se uma vela acesa é símbolo de vida, uma vez apagada ela se torna símbolo de morte”.

Segundo ele meus 24 anos morreram.
Mas ainda bem que depois dele ainda tem o 25.....

Viva meu 1º quarto der século. Morte ontem, alvorecer hoje.


OBS.: Obrigado pela lembrança de todos que me desejaram feliz aniversário. Sou muito grato.

4 Comments:

Anônimo said...

Ah, Pedro, minha música preferida do U2...hehe
Me inspirou, teu post, escrevi lá, pra gente conversar.
bjosss!

Cat. said...

reflexão interessante!

Tainah εïз said...

Muito interessante!!!
Tem um texto do Drummond em que ele fala que é muito inteligente a pessoa que inventou o ano. Renovam-se todas as esperanças... Fazemos promessas de que mudaremos para melhor...
E é tudo verdade!!! As vezes a crença de que é um novo ano ou uma nova idade ajuda a suportar o que for... como se, de repente, tudo fosse mudar...
ESPERANÇA!!!

Unknown said...

hoje e só hoje pude ler teu blog em algumas coisas...

eu compreendo bem o que queres dizer. mas os anos não morrem, meu amado irmão. isso é bobagem de poeta. eles dormem no sonho do tempo que vc carrega consigo.

...

mas isso talvez seja bobagem de um pretenso poeta!