domingo, 5 de outubro de 2008

Conde D'Tijubina 1º post

Milhares de pessoas desta cidade infernal e esquecida por Deus estão escolhendo hoje quem serão os próximos ladrões que vão fazer fortuna, tirar proveito pessoal e achincalhar a prefeitura municipal e Câmara de vereadores.

Não parece haver solução. Quando olhamos para as opções só existe um mar de pessoas interessadas no poder transitório do executivo e legislativo. Escuto pessoas dizendo que o poder fede, que é escuso e sujo. Discordo. Essa visão é desviar do foco, do problema de fato. O “poder” não têm consciência nem vontade, é um conceito amparado em deveres ditos nas leis. “O administrador público só pode fazer tudo o que a lei permite”, diz o direito administrativo.

Se querem esculhambar alguém, que façam direito. Nossos líderes é que são essa coisa personalíssima do pequeno imperador que acha que tudo pode fazer a seu bel prazer. Eles é que são sujos, escusos e fedidos. Entretanto é preciso dizer que estes que lá estão vem do povo. São nossos amigos, primos, pais e conhecidos. Quem não conhece um fulano que teve um emprego arranjando por um político? Quem não sabe relatar o caso do médico do interior que ganha 6 mil reais para consultar apenas dois por semana, quando na verdade deveria ser a semana toda?

Existe essa história do estabelecido, que parece perpétuo. Ou pelo menos as pessoas tendem a querer fazer isso e fazem. Se portam assim porque não tem a força para fazer diferente quando chegam na posição de decisão. Ficam com medo da alcunha de chato, antipático, Caxias. Ficam com medo de agirem certo.

Naquele arremedo de revista chamado Veja, existe uma jornalista que recentemente lançou um livro com os textos de seu Blog. Como praticamente tudo na Veja, ele é direitista, tucano, se acha mais inteligente do que todo mundo e odeia o PT. Entretanto ele disse algo interesse: “No alto da minha loucura, tento seguir a lei”.

O brasileiro só segue a lei quando lhe é conveniente. Nada mais. Se fazemos isso no dia-a-dia, seja na pequena contra mão ou na tradicional furada de fila, como pedir que o governante faça diferente se ele, antes de prefeito ou vereador, é como eu ou vc. Na verdade só como vc mesmo, já que eu não existo.

Que Deus salve a rainha e a Inglaterra , já que parece tão difícil isso acontecer com o Brasil.

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