domingo, 8 de fevereiro de 2009

Realidade!

A cena é triste. De longe vejo uma mulher engatando uma mata leão em um homem, ele se desvencilha e lhe dá um tapa. A mulher cai no chão de calçamento, o corpo no chão de fere e rala. A criança começa a chorar. Grita pela mãe abatida ao chão.

Ao ver a cena passo direto, vou atrás de um policial que vi próximo ao novo tom. Mas me lembro de minhas aulas de direito e tomo consciência que o policial nada pode fazer, já que esse tipo de conduta só pode ser enquadrada quando condicionada a representação. Ou seja, a mulher tem que denunciar o agressor.

De volta a frente de minha casa, continuam lá eles dois. Paro o carro de observo. Estão totalmente drogados, nãos sei de drogas legalizadas ou não. O único lúcido é o menino, que observa a tudo com apreensão.

A mulher está sentada debaixo do pé de algodão da minha casa, o homem em frente a entrada da casa da mulher dos urubus. “Se ele atacá-la de novo, vô ter de fazer alguma coisa”, pensei eu preocupado. O homem toma o rumo da mulher, tenta levantá-la, ela não quer. Estaciono o carro ao lado dos atores, o vigia chega e homem persiste.

A criança espera o desfecho segurando a bicicleta na qual vinham o três enquanto a mãe diz que vai pro inferno, para as trevas. O homem, mesmo trôpego, observa a mim e ao vigia e fica com medo.

Finalmente ela a levanta e partem em direção a lanchonete do Jair. Ele meio que direcionando-a, ela praguejando e menino atrás levando a bicicleta. Fique deprimido com a cena.

Pouco antes tive a notícia que o pai de uma conhecida foi assassinado dentro de sua própria casa por assaltantes; a casa de uma amiga foi invadida por cinco criminosos que fizeram de refém seu padrasto, sua mãe e outra pessoa. Levaram tudo.

No sul, um falso guia abordou um casal matando o rapaz e baleando a moça. Fugido do local, retorna quatros horas depois retorna para estuprá-la. Fiquei embasbacado. Em Teresina uma pessoa vai a padaria e pega um tiro na cabeça e morre na hora.

Se fosse aqui contar dos casos recentes que sei, meus dedos cairiam de tanto escrever.

Caminhamos absurdamente para um futuro cada vez mais negro. Do alto de toda nossa empáfia de único animal pensante, destruímos nos a nós mesmo e tudo que existe.

Nosso planeta está morrendo.

Recentemente assisti O Dia em que Terra Parou. No filme, o personagem de Keane Reeves diz que a beira do abismo sua raça tomou tento e colocou as coisas no lugar. O filme termina com ele convicto de que a raça humano o mesmo fará.

Eu não acredito nisso.

Nos vejo no fundo do abismo tentando escalar o rochedo e não conseguindo.

É com extremo desalento que vejo isso, mas a luz está se apagando. Não sei se ainda quero ter filhos.

2 Comments:

Tainah εïз said...

Que triste tudo isso!
É realmente lamentável qu o ser humano aja dessa forma!

Abraço

Anônimo said...

esse é o nosso mundo...
=\