domingo, 29 de março de 2009

Prólogo do fim

Ao que do sentimento demora o dia a chegar quando noite.
O Céu azul faz nuvem e tempo passar e lento chega noite quando claro
“Talvez não seja assim”, diz a amiga sincera.

Outro lado de sentimento com perspectiva existe
Claro, ralo, intenso e disperso.
“Eu acho que é mais ou menos assim”, diz o querido opinoso.

Dobra esquina, chega praça, vento corre e vida segue.
Ninguém percebe sentimento ou viés dele!
“E por que alguém deveria perceber?”, questiona o amigo curioso.
“Sei lá. Porque alguém deveria se importar!”, responde o bobo incauto.

Porta entreaberta, computador ligado, U2 tocando e violão parado.
Luna encostada, ar pesado e quente, ventilador girando. Minha mãe me chama.
“Tu já não está grandinho pra ser mandado assim?”, pergunta insidioso o irmão de não sangue.

E nesse vida tudo é contado: um mês têm trinta dias; um ano 12 meses; o ser humano tem 46 cromossomos, a menstruação é um ciclo de 28 dias; 4 são as estações da lua; horas de trabalho, de lazer, dinheiro para gastar, gols em um jogo... Tudo parece ser quantificável. Mas quem há de dizer quanto são os amores da vida ou quanta felicidade merece uma pessoa?
“Isso tá mais com cara de poesia barata, tu não acha não”, sentencia o insensível companheiro.

“Você tem alguma dúvida?”

2 Comments:

Tainah εïз said...

Ah... adorei seu texto!
Realmente, quase tudo parece ser quantificável!
Bjos

Unknown said...

essa frase é grande:
"Mas quem há de dizer quanto são os amores da vida ou quanta felicidade merece uma pessoa?"