sexta-feira, 4 de julho de 2008

Caminhos perigosos



"Os estudantes que tenham cursado integralmente o ensino fundamental em escolas públicas terão direito a pelo menos metade das vagas a serem oferecidas por instituições federais de ensino superior e de educação profissional e tecnológica. A medida consta do Projeto de Lei 546/07, de autoria da senadora Ideli Salvatti (PT-SC), aprovado em decisão terminativa pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE)", matéria de um portal .......não mel lembro qual foi.

O Partido dos Trabalhadores continua sua política de jogar para a galera, maquiando a situação educacional brasileira e jogando em cima do ensino superior toda a responsabilidade de corrigir a péssima formação que a sociedade tem na escola pública.

"De acordo com o projeto, essas vagas deverão ser preenchidas, em cada curso e em cada turno, por estudantes que se declarem negros e índios, pelo menos em igual proporção à participação de negros e índios na população da unidade da federação onde for instalada a instituição de ensino".

Brancos não? Não são pobres também ou dona Ideli acha que todos os brancos são ricos? Pardos nem são citados! Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh me lembrei. Pardos são na verdade negros. Tinha esquecido isso. O IBGE não enxerga assim, mas o movimento negro e os PTeiros (como gosta de falar o Magalhães) tem mais credencias acadêmicas, políticas, intelectuais, culinárias, esportivas, escrotais e tudo o mais para dizer o que e como deve ser feito.

Me lembrei agora da entrevista da presidente da FUNDAC Sônia Terra dada ao sem graça do Rivanildo. O colunista perguntava sobre os 120 anos de abolição da escravidão, sobre conquistas, perdas, grandes nomes e outras coisas. Em certo momento Sônia diz que o negro começa a ter mais orgulho de sua cor e raça e para comprovar sua tese cita o caso dos chamados pardos, que, segundo ela, usam essa terminologia para esconder o fato de serem negros.(?)

Ora porra, ela parecer usar aquele critério Norte Americano que para ser negro basta uma gota de sangue. Coisa que não é usual no Brasil, dada a sua miscigenação. Então deixa ver se eu entendi: quer dizer que o filho de um branco com uma negra é negro. Continuando: o filho de uma negra com um branco é negro. Segundo a teoria de Sônia, o Brasil (o Mundo?) é que nem na musica do Masacration, "25% da sociedade é preta.
75% da sociedade também é preta. Tudo é preto. Nêgo é preto". Tem um trecho que diz ainda que "12% da sociedade inteira branca é preta". Só pode.

Isso pra mim é racismo e querer dividir o Brasil entre branco e preto é arrogância com fins fundamentalistas. Não digo aqui que pessoas que tem essa posição tenham intenção de dolo e descriminação, mas infelizmente é o que acabam fazendo.

Nosso país conta com um ensimo de qualidade péssima e ainda com desigualdades que deixam com depressão até o mais otimista, mas atitudes racistas e com fins de segregação como a desse projeto de lei são o caminho final para que o racismo de nossa população seja público e notório e não mais uma posição que qualquer brasileiro tenha vergonha de admitir. Sou contra qualquer tipo de racismo seja branco para preto e vice-versa.

Que Deus nos proteja.



Para não fujir a regra, esse texto foi escrito ao som de Marillion e Van Halen.

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