sexta-feira, 29 de maio de 2009
terça-feira, 26 de maio de 2009
Para Julie
Se amanhã eu ganhar na Megasena meu primeiro gasto será com algumas passagens com direção a Brasília. Naquela lugar moram muitos parentes e também uma amiga maravilhosa que deixa aquela terra menos cinza.
Muitos abraços, conversas, cervejas, sorrisos, ideias e alegria, até um pouco de tristeza também(mas não muita), me aguardam. Não posso esperar menos, tenho certeza.
Está ela lá, assim, como nós cá, a evocar seu nome todas as vezes que nos encontramos. "Só faltava a Julianna aqui, né?!", alguém diz. Então fazemos um brinde e contamos alguma história antiga ou até nova mesmo, já que o MSN nos mantêm informado. Jacaré Banguela que o diga.
No planalto central, a terra cinza relete o sentimento do mesmo tom. "Não, não combina", diz minha amiga, mas a incidência continua. "Não, não combina mesmo", digo eu.
Me lembrei de Baudelaire:
"Aos olhos da saudade como o mundo é pequeno"
...E nesses dias em que as coisas parecem melhorar, só falta Julianna para colorir ainda mais esse quadro.
P/ minha amiga!
Postado por Pedro Santiago às 17:11 4 comentários
domingo, 24 de maio de 2009
Coisas mudam.
Taí o novo visual do Blog. Não é o que eu queria, mas já estava na hora de uma mudança.
Postado por Pedro Santiago às 06:33 2 comentários
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Enfim.......
Por muito pouco a última parte dessa entrevista não saia. Envolto com questões ditas mais importantes do que as conjecturas de um jovem jornalista sobre a vida, o entrevistado titubeou e esmoreceu do plano inicial da conversa em quatro partes. Questões colocadas, pensadas e repensadas, opiniões requisitadas, calma conquistada e cordas novas compradas, estava preparado o terreno e depois da epopéia enfim o veredicto de encurtamento da série, mas não de um fim abrupto. “Salvo algumas alterações essa última parte foi escrita junto com a segunda. Desde então ela está na geladeira, mas como comecei é o jeito terminar né? Coisa inacabada é um troço sem muito futuro”, diz o moço.
No tomo final poderemos conferir um pouco das conseqüências do olhar jornalístico na vida pessoal do questionado; conheceremos ainda sua visão de si e dos seus mais próximos. Um retrato do espelho é verdade, mas ainda sim fidedigno. Boa Leitura.
Catarina: Porque tu relutaste tanto em concluir a entrevista??
Pedro: Não sei ao certo, mas de repente não via mais sentido nisso tudo. Apareceu essa história das enchentes aqui em Teresina e isso mexeu comigo. Os dias 27, 28 e 29 de abril foram muito tensos porque a todos os momentos as coisas pioravam e no trabalho a gente poderia ter que dar uma notícia muito triste como o rompimento do dique do Poty. Algo que seria catastrófico para a cidade. Tenho muitos amigos que moram nessa região o que me deixou mais preocupado ainda e até liguei para dois deles para saber como estava situação. Então, acompanhei em tempo real essas coisas todas tendo que falar com prefeito, defesa civil, Chesf, bombeiros e todo esse pessoal estava muito preocupado, dava para notar pela voz. La na redação da rádio estava todo mundo preocupado e muito atento, quando alguém desligava o telefone chegávamos logo perguntando: “E ai, vem mais água ainda?”; “O dique rompeu mesmo? Só teve uma rachadura né, graças a Deus”; “A água entrou no riverside!!!”. Então diante de um negócio desse, todo o resto pareceu desimportante e mais especialmente ainda essa entrevista.
Conversei ainda com uma amiga que disse que estava me expondo demais com isso, daí fui pensar sobre essa afirmação e fiquei em dúvida e por um momento até arrependido.
Junior: E porque decidiu terminar??
Pedro: Muita coisa aconteceu, as coisas melhoraram em muitos nuances, a água baixou e a esperança subiu. Apesar da calamidade é bonito assistir o empenho das pessoas em ajudar aos outros. Aliado a isso bateu uma certa segurança com relação ao já dito e o pós-dito também, fatos que me deixaram suficientemente à vontade para falar com vcs. Então vamos lá, podem perguntar.
Hérlon: Num sei se tu percebeu, mas já respondeu a duas perguntas........
Pedro: Owww seu otário, tu entendeu o que eu quis dizer.
Hérlon: Eu sei, abestado. Foi só pra descontrair...(risos)
Pedro: (risos) Beleza então, já estou descontraído.
Junior: Peter, o Gustavo e o George já falaram da tua solterice, mas vc não disse o que acha de estar solteiro.....
Pedro:...... de novo essa história.....
Maluco Natalense, é o seguinte: eu nunca parei para pensar sobre o que acho de estar solteiro, mas vou tentar te responder. Como tudo no mundo, existem os prós e contras. Prós: liberdade! E isso é uma coisa magnífica. Contras: os defeitos de se estar solteiro são todas virtudes de se ter alguém, ou seja, é um negócio difícil de falar porque é muita coisa, mas diria que ter sempre alguém do lado é uma coisa maravilhosa e muito forte. Não alguém qualquer, mas sua namorada, porque presumo que para ser namorada tem ser especial. Pelo menos é assim comigo.
Mas voltando a história da liberdade, vô te dizer, ô coisa boa é alguém te ligar chamando para ir pra Campo Maior, Imperatriz, Amarante ou o caralho e vc simplesmente poder ir sem ter que dar a mínima satisfação. Adoro isso e afirmo que é uma ótima sensação. Recentemente fiz uso dessa prerrogativa e foi uma beleza. No estresse, relax total....(risos)
No momento é esse o sentimento que me domina, o de liberdade. Mas tudo que é sólido desmancha no ar, não é?
Junior: Minino, como o Hérlon disse: que coisa mais intelectual. Karl Marx e Marshall Berman......
Pedro: (risos) num é.....mas não é verdade? Certezas hoje se tornam história no dia seguinte! Não dá pra saber o que o amanhã guarda pra vc.
É certo que estar solteiro é uma coisa muito esquisita e chata no inicio, já que se está acostumado com uma pessoa sempre ao seu lado, um o porto seguro para o qual vc possa voltar e ser bem recebido. Isso é uma coisa muiiiiito boa, mas todo carnaval tem seu fim ou pelo menos diz assim a canção. Mas o tempo passa e vc vai se acostumando com outra realidade e já que se está solteiro, tem que viver bem né?
Nunca me esquecerei do que Wilton me disse uma vez: “Pedro, a gente não tem procurar nada que nos faça mal. Temos que ficar bem seja como for”. Entendem? Isso é uma coisa muito sábia, já que as vezes nós insistimos em complicar as coisas e ou negar fatos.
Na verdade, na verdade não tenho muitas palavras sobre esse tema pq ele não me preocupa. Não é pauta dos meus pensamentos. Vou vivendo da melhor forma que posso e pronto, além do que tenho meus amigos que nunca me deixam sentir-me solitário. Concurso é tema diário da minha consumição, mas estar solteiro não.
Joseane Araújo: Pedro......
Todos: Quem é essa minina?
Pedro: É uma grande amiga minha.
Joseane Araújo: (envergonhada) Vamos agora voltar ao objeto desse texto, vc. Então, quais são tuas características que te tornam especial para vc mesmo??
Pedro: Primeiro quero dizer que é bom ter vc aqui. Agora respondendo a pergunta, eu acho que quem deve falar dessas características são vcs que são meus melhores amigos e me conhecem de fato e direito. Mas como sou um cara enxerido, deixa eu dizer algumas coisas.
Para começar eu sei que sou um cara único. Não querendo ser mais do que os outros, não é esse o ponto, mas sei que faço coisa que poucas criaturas fariam. Afinal, quem mais pediria para escutar Clocks em um município inóspito as vésperas de um show de forró?? Quem chegaria em casa às 5 horas da manhã semi-bêbado e tocaria Air Guitar rodando sozinho no meio do quarto escutando One I Love do Coldplay?
Que outro homem entraria em um cabaré e ficaria condoído da vulnerabilidade social daquelas moças? “Me diz uma coisa, que diabo tu faz aqui”, perguntei certa vez a uma linda garota de programa. “Estou aqui porque gosto de sexo”, respondeu ela toda arrebatadora, mas não menos falsa. “Olha......eu só quero que tu me diga o motivo verdadeiro”, insisti entre sério e zombeteiro. “Eu tenho uma filha.....tô aqui pela grana e por ela”, concluiu a garota que dizia se chamar Rafaela. Logo depois disso fui embora e ao me despedir da moça dei-lhe um bjo na testa e disse: “Fica com Deus”. Logo eu, que sou agnóstico, falei isso e para ser sincero foi a única coisa que desejei àquela moça, que ficasse com Deus. Nada mais nada menos. Quem mais faria isso?
Qual outro ser vivente perderia a chance de ficar com uma das meninas mais bonitas de uma festa? Verdade seja dita ela tem um dos nomes mais estranhos que já escutei, mas verdade seja dita parte 2, não foi isso que me afastou. De toda forma, que outro cara deixaria de ficar com a tal? Poucos, concluo eu.
Outra ponto é a Timidez....... ahhhhh timidez, teu nome é Pedro. Talvez não seja defeito ou qualidade, mas apenas uma característica como bem disse a moça de nome polonês. Coisa que é minha. Fazer o que? “Levanta-te e sê tímido”, disse meu bom Deus ao nascer o terceiro filho de Tesinha Pinto (mulher arrojada) e Francisco Santiago (Intrépido viajante). Mas dos desígnos de Deus apenas a obediência é cabível. Além do que, como fugir do que é intrínseco? Talvez a Diana me ajude a melhorar isso ou até outra psicóloga, quem sabe(risos)......
Antigamente eu ainda falaria da minha memória, mas ela já não é tão vistosa. Uma característica que gosto muito em mim é a fidelidade e atenção aos meus amigos que é uma coisa muito prazerosa. É como o maluco piu-piu do Neto falou e tantas vezes já repeti: eu sou eu mais meus melhores amigos.
Agora o Pedro (tô falando que nem o Pelé) detêm um talento especial que poucos possuem. Eu sempre estou prestando atenção na música que está tocando. Por mais baixo ou distante que seja, se ela estiver audível, estou ligado nela. Foi assim que entrei em contato com inúmeras canções que amo e Clocks foi uma delas. Antes eu pensava que todas as pessoas eram do mesmo jeito, mas descobri que não. Além de mim, conheço apenas a Jussara que também possui esse dom. Aliás, grande parte das pessoas que conheço encaram a música apenas como entretenimento, o que acho uma tristeza.
Enfim, alguém que me olhe pode me ver assim......... e não será mentira.
Julianna: (toda faceira) E o que tu acha da gente, os teus melhores, maiores e mais maravilhosos amigos??
Pedro: Eu falo com a maior certeza existente que vcs são exatamente isso que vc disse. São as melhores e mais maravilhosas pessoas que conheço.
Julianna: owwwwwwwwww
Pedro: Eu conheço um monte de gente e já andei com muitos tipos diferentes e de muitas tribos. Então digo com muita tranqüilidade que vcs são os melhores amigos que uma pessoa pode ter. Falo de amigo mesmo, aquele se preocupa, que quer estar perto, que sabe ouvir, dar conselhos, críticas, além de ser prestativo e confiável. É assim que somos.
Vejo muita gente que chama aos outros de amigo sem muito critério e sempre achei muito estranho. Assim como já vi muita gente ser amigo dos outros, mas esses não serem seus amigos. Entendem?
Conheço amigos de farra mais divertidos e palhaços dos que os meus, mas poucas vezes vi a cumplicidade que há entre a gente e isso é um negócio muito, mas muito raro mesmo. O termo amigo que usamos é no sentido de um se preocupar com o outro. A confiança que existe entre mim e o Gustavo, o Wilton e Hérlon é algo muito incomum. Eu, por exemplo, confio totalmente no Neto, mas 100% mesmo. Priscilla e Julianna são sumidades para mim. O Daniel é uma pessoa que admiro e quero que sempre esteja por perto.
Como já disse, vi muitos tipos de amigos nesses poucos anos de vida. Conheci uma moça que dava prazo de validade para suas amizades, elas duravam um ano e não mais do que isso. Outros tem amizades de acordo com sua necessidade. “Hoje estou alegre e vou andar com fulano....hoje tô tliste e preciso dos conselhos do beltrano”. Estão me entendendo? Conosco não é assim. Eu vejo a gente em todos os momentos. Quando viajo e estou me divertindo sempre lembro que se vcs lá estivessem a coisa seria ainda muito melhor. Tava em Parnaíba no reveilon e me lembrei do Gustavo ao escutar Andei Só do Natiruts. Fiquei imaginando como a Julianna e a Rochelle achariam bonita a praia de Macapá. Quando estive em Campina Grande, a trabalho, só me veio o Hérlon à cabeça, sabendo como ele gostaria de ali estar.
Vcs sabem que viajei um tempo fazendo matéria para uma revista que tratava de vaquejada. Lembro-me de estar em Arapiraca, perto de Maceió, cansado, fadigado, sem graça e em certo momento o celular tocou e era o Wilton. Passei mais de meia hora conversando com ele, logo depois o Hérlon ligou e por fim o Gustavo. Aquilo salvou meu dia. Quero dizer, eu continuava só o bagaço, mas meu ânimo havia voltado. Naquele dia fui dormir satisfeito e ansioso por voltar para cá.
Já falei um monte de coisas aqui sobre a importância de vcs, mas para mim isso não traduz o que de fato é o sentimento. Nem uma banda, eu diria. Parece que do mesmo jeito que é difícil escrever, é complicado falar sobre vcs.
Mas quero dizer também que minha amizade sincera não se resume apenas a Liga. Ela é meu centro, mas tenho muitos amigos valorosos por aí. Um exemplo é a Joseane que é uma amiga de integral confiança, uma pessoa inteligentíssima e interessante como poucas. Do Neto nem preciso dizer nada, somos irmãos e isso é fato inconteste. Tenho ainda primos muito próximos como George, Josué, Jonatas e o Luciano. Apesar da distância listaria ainda a Alana, uma pessoa que me conquistou e com isso desenvolvemos uma amizade bem próxima. Nunca poderia me esquecer da Kelly, uma mocinha muito doce que conheci ainda na oitava série, uma criatura que adoro de coração. Outra figura querida é o Eduardo, um cara de quem gosto muito.
O Hermes é um cretino que adoro. Cretino pq ele quase nunca aparece e pouco nos falamos, mas quando isso acontece parece q nos vemos a toda hora. Nos damos bem demais.
Não poderia deixar de falar de meus irmãos Catarina Junior, já que nossa relação vai muito além do laço sanguíneo. Algo que desemboca em uma admiração, cumplicidade, amor e vivência mutua. Sou muito feliz e grato por tê-los como referências em minha vida.
Uma menção mais do que especial vai para dona Jussara Santarosa. Pense em uma moça que admiro, ela, talvez, seja a melhor pessoa com quem já entrei em contato. Nunca conheci alguém tão humana quanto ela e graças a Deus posso ter essa convivência e pegar um pouco de sua bondade. Então, posso dizer que de amigo não posso reclamar em absolutamente nada. Só fico meio assim porque já citei muita gente e sempre acaba faltando alguém. Citaria ainda Nilton, Cynthia, Marcos.....é uma galera muito boa que só eu tenho. As vezes fico até pesaroso com outras pessoas que não têm essa sorte, mas fazer o q?
Amizade quem me ensinou a ter e a dar valor foi meu pai. “Meu filho, um homem sem amigos não é nada”, dizia ele. Meu pai fazia tudo pelos amigos nem que passasse por cima da gente daqui de casa. Lhe devo essa reverência. É verdade que gente como ele, assim como eu tb, corremos o risco de termos umas relações desproporcionais, mas essa é uma coisa inerente e faz parte do jogo. Afinal como disse Fernando Pessoa: Quem não quiser sofrer, que se isole.
Posto tudo isso posso dizer que tenho muito orgulho de fazer parte dessa turma e dos amigos que tenho nesse mundo.
Catarina: Em teus textos sobre música e em outros tb tu sempre toca na questão simplicidade. Em nossas conversas tu tb já expressou teu apresso por este estado e é possível perceber isso até na tua forma de escrever. Aqui mesmo durante a entrevista vc tocou nesse aspecto ao falar que as pessoas às vezes complicam as coisas.......
Pedro: A simplicidade é um ideal de vida, uma coisa que tento perseguir cotidianamente e que as vezes consigo e muitas outras não. Nossa existência seria bem mais fácil se encarássemos as coisas com mais simplicidade. O segundo post deste Blog foi sobre isso.
Em certo trecho disse: “Fico pasmo com o comportamento de homens e mulheres que inexoravelmente tendem a complicar suas vidas. Em poucas palavras isso é procurar por infelicidade. São rotinas diárias baseadas em cobranças e sentimentos sem o mínimo amparo no mundo real. Penso que podemos facilitar os entendimentos e jogar um jogo mais claro. Mas isso parece impossível”.
Tirando esse tom excessivamente pessimista, ainda hoje penso essas coisas e mais ainda a última frase, ou seja, parece que é impossível mesmo atingir essa meta. Para se ter uma idéia disso basta observar as pessoas que são do seu convívio e perceber o quanto elas complicam tudo. Falei dessa aflição no pedaço seguinte do texto:
“Tremo ao ver as desavenças datadas e previsíveis que sempre acontecem a despeito da vontade de sentir-se bem. Isso mina o ser seja eu, ele ou você. De duas uma: ou eu não sou nada do que penso que sou; ou realmente a maioria esmagadora das pessoas tem essa coisa suicida do embaralhamento de sentimentos em um sentido de liquidificador que, em num movimento continuo, joga as coisas para cima e depois para baixo. A metáfora só não é completa porque nós raramente temos o poder de apertar o botão e desligar essa sina.”
É certo que me incluo no rol de pessoas que complicam tudo. Afinal, eu disse que tento implementar uma simplicidade, não que consigo. Entretanto, eu continuo tentando, aprendendo, errando e até evoluindo um pouco.
Estava bem cético quando escrevi esse texto, mas hoje eu vejo as coisas com mais calma e tranqüilidade, afinal acho que amadureci de alguma forma e cada dia que passa percebo como nós somos incompetentes para lidarmos com certos sentimentos, as vezes muitos. Então penso que esse dano que causamos em nós e nos outros é uma ação quase culposa, sem intenção. Nesse texto do qual falei, terminei de forma muito pessimista ao afirmar que alcance da simplicidade parece mais um sonho inalcançável. Hoje já não penso assim, acho que dá pra melhorar muita coisa assim com é perfeitamente possível e palpável sonhar com a “harmonia de coisas simples, com a cadência da compreensão e o eco de um estado feliz”, como já escrevi.
Pelo menos assim acredito.
Postado por Pedro Santiago às 19:57 5 comentários
quarta-feira, 20 de maio de 2009
O primeiro....
Hoje, dia 20 de maio de 2009, meu irmão foi aprovado no concurso para professor de dedicação exclusiva da Universidade Federal do Rio Grande Norte. O futuro novo docente da UFRN fez quatro provas classificando-se em primeiro em três delas, o que resultou no primeiro lugar geral.
Nossa alegria é grande, finalmente meu pai poderá dizer que tem um filho concursado, seu sonho desde há muito tempo. Minha mãe terá uma preocupação a menos e por fim meu irmão poderá seguir sossegado e com brilhantismo a profissão que escolheu para si.
Se não fosse hoje, esse dia muito pouco demoraria a chegar dada sua competência e saber. Não foram uma, duas, três e nem dez vezes que chegaram para mim e disseram: “Tu é irmão do Santiago? Eita, que ele é fera demais hein” ou então “Rapaz, teu irmão vai ser uma dos maiores professores dessa universidade” ou ainda outra variação que agora não lembro. Isso sempre foi motivo de muito orgulho para toda a nossa família.
Com essa ótima notícia de hoje pude ter uma idéia do que vou sentir quando passar em um concurso, tenho certeza disso. Uma alegria enorme acompanhada de um grande alívio.
Só falta eu fazer por onde para merecer essa alegria, mas essa já outra história.
Parabéns ao meu querido irmão pela aprovação. Muito mais o aguarda: sucesso, viagens, festas, aulas chatas boas tb, péssimos alunos(além do bons), muita pesquisa boa e como não poderia deixar de ser, a tua família sempre te aguarda com anseio.
Um grande bjo
PS.: O tio Whasington também vai adorar saber dessa história.
Postado por Pedro Santiago às 14:36 3 comentários
terça-feira, 19 de maio de 2009
Rimas ao vento
A simplicidade é uma característica belissíma e especialmente admirada por este que nestas teclas bate. Assim sendo, não tive como não me encatar com um poema de uma moça sorridente chamada Larissa e mais especialmente com um verso lindinho que ela escreveu:
"Rimo poesia com estrela, sol e lua, rimo com minha boca rimando a sua"
Bonito né?
Eu gostei :)
Fiz a minha riminha tb:
“Rimo poesia com roda violão, amigos e o mar, rimo saudoso o desejo de amar".
A minha é beeeeeeeeem mais pobre, mas o que vale a é aintenção....rssss
Verso publicado originalmente em larinhacavalcante.blogspot.com
Postado por Pedro Santiago às 08:21 4 comentários
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Oasis.
Chego em casa ligo o computador, bebo um copo com água, folheio a Rolling Stones e leio a matéria dos 15 anos de morte de Kurt Cobain. Zapeio a net bato na folha online e degusto a resenha do show do Oasis em São Paulo(Oasis faz bonito em São Paulo apesar da chuva). Muito se especulou sobre uma possível ida da banda à Fortaleza, mas nada se concretizou e a chance de assistir a uma dos grupos mais interessantes que já existiu caiu totalmente. Mais um que perdi!
O Oasis foi o maior representante britânico e um dos ícones mundiais da década de 90. Nem mesmo o Radiohead conseguiu tirar essa majestade dos irmãos Gallagher.
De volta a resenha, fiquei maravilhado com a galeria de fotos do show ocorrido na terra da garoa. As luzes deram uma intensidade crua à banda e os integrantes pareciam figuras maiores que nós mesmos, alimentando o mito de que são pessoas diferenciadas e fonte de adoração. Bobagem é verdade, mas acho que foi isso que sentiu quem estava no show.
Engraçado que sonhei com o show e a banda executava Falling Down, minha música preferida do último álbum. O local era uma arena coberta de ótima acústica e a voz de Noel ecoava lindamente em todo o lugar. “A dying scream Makes no sound Calling out to all that I've ever known Here am I, lost and found Calling out to all”, ouço o mais velho dos Gallagher entoar em meio a atmosfera elétrica e a sensação de álcool no sangue. Sonhei com um momento de desespero sublime e saboroso, sentindo a dor do personagem da canção e cantando com toda a força que minha garganta permitiu. “Eu tentei falar com Deus em vão. Eu o chamei acima, dentro e fora de lugar nenhum. E disse ‘Se você não vai me salvar, por favor não desperdice meu tempo’”, sentencia em inglês bem articulado.
Desde Standing on the Shoulder of Giants (2000) que aprecio mais as músicas compostas e cantadas por Noel do que as de Liam que cada vez canta menos (entenda como quiser). Nesse cd a melhor faixa é Where Did It All GO Wrong. Dois anos depois Little by Little e She is Love repetiram a dose em Heathen Chemistry de 2002, apesar de Liam comparecer bem em Stop Crying Your Heart Out e Songbird.
Em 2005 a banda lançou um álbum que gosto muito chamando Don’t Believe the Truh e nesse cd os irmãos balancearam bem as músicas o que resultou em um empate técnico. Por fim chegamos ao Dig Out Your Soul no qual Noel canta High Horse Lady e Falling Down de forma fabulosa elevando o placar para uma goleada. Esse álbum traz um Oasis bem maduro com canções sérias e psicodélicas
Objeto de minha admiração dentro do grupo Noel é um guitarrista bem mediano, um cara limitado mas que articula bem os poucos artifícios que dispõe. Faz da simplicidade seu lema e carrega bem as canções com solos curtos e repetitivos, privilegiando a melodia em detrimento do exibicionismo ou técnica. Aliás, essa é principal característica e qualidade do Oasis, a sua simplicidade. Fazer muito com tão pouco.
De volta ao sonho
Meu sonho, que mais pareceu um vídeo-clipe, terminava junto com a execução de Falling Down. No mesmo instante em que eu abria os olhos Noel tocava seu último acorde segurando a guitarra Les Paul em meio a luz amarela. Ele junto com seu irmão tinha o rosto coberto pelas sombras, o que acabou por evidenciar ainda mais as marcas do tempo, dando a medida dos anos tanto em suas feições quanto na própria música. Gritos e aplausos irromperam por todo lado e a banda agradeceu devolvendo as palmas. Andando em direção ao Backstage e, praticamente de costas, Noel se despediu com um leve aceno e um sorriso nos lábios. As luzes se apagaram e acordei aturdido, levantei e peguei meu violão e, sem pensar, toquei Wonderwall por alguns segundos.....
“Today is gonna be the day
That they're gonna throw it back to you
By now you should've somehow
Realized what you gotta doI don't believe that anybody
Feels the way I do about you now….”
Coloquei meu querido de lado, ajeitei meu ventilador, fechei a cortina que havia sido aberta pelo vento e me deitei novamente desejando muito sonhar com a próxima canção que a banda tocaria. Não sonhei com mais nada nessa noite, mas o show continuou música a música na minha cabeça. Na verdade, ainda está aqui.
Postado por Pedro Santiago às 09:32 0 comentários
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Um tostão pelo respeito
No ano passado o estado de Santa Catarina passou por uma das piores enchentes de todos os tempos. O saldo é catastrófico: quase 80 mil desalojados, mais de 120 mortes e um dano pesado na infraestrutura estadual.
Por conta desses eventos o estado recebeu a solidariedade de todo o país em forma de mensagens, doações e donativos. O jogador Ronaldo, balofo, doou 30 toneladas em alimentos, por exemplo. A mídia deu uma incrível contribuição para essa onda de solidariedade, produzindo programas especiais, disponibilizando contas para doações e uma infinidade de ações em prol das vítimas catarinenses.
No mesmo país sendo que um pouco mais ao Norte, há cerca de 3 ou 4 anos o Nordeste passou por uma da piores enchentes dos últimos 30 anos. A calamidade se espalhou pelos nove estados que sofreram humana e economicamente. Na Paraíba morreram mais de 25 pessoas e centenas de milhares ficaram sem casas em toda região. A mídia noticiou o fato como se fosse em um país tão distante como o Afeganistão.
Em 2009 a cena se repetiu. No Piauí são 60 mil atingidos pelas enchentes e situação mais crítica se encontra na capital Teresina que tem 64 bairros alagados. Em Barras 70% da cidade ficou debaixo d’água.
No Maranhão são mais de 150 mil atingidos. No município de Trizidela do Vale dos 19 mil habitantes, 15 mil tiveram suas casas invadidas pelas águas. Cinco Br’s do estado estão cortadas incluindo os acessos a capital São Luís. “O bloqueio de estradas no Maranhão agravou a situação dos flagelados. Várias cidades enfrentam desabastecimento. Com as estradas interditadas, faltam frutas e verduras que antes eram transportadas do Ceará para o estado”, atesta a matéria do portal G1.
No vizinho Ceará sete pessoas morreram e 165 mil foram afetadas pelas enchentes, diz a mesma matéria que ainda completa: “No total, 59 municípios sofrem com alagamentos”.
Muito relutei em fazer um paralelo entre a tragédia de Santa Catarina e do Nordeste, mas os posts de Julianna e Junior me deram o ensejo. Não me atrevo a uma comparação entre qual é mais séria ou trágica, mas sim da diferença de tratamento dado, que é estrondosa. Enquanto no caso do catarinense houve uma fortíssima campanha capitaneada principalmente pelas TVs Globo e Record, o Nordeste recebeu e recebe apenas a pena dos irmãos federados. A coisa é tão descarada que até um nordestino fez prática do desprezo pela região. O ministro da Integração Nacional Geddel Viera, que é baiano, indignou Teresina ao visitar a cidade no inicio da semana e afirmar que não viu calamidade na capital!!!! Para ele duas mil famílias desalojadas deve ser pouco.
O fato é que o espaço recebido pela calamidade nordestina é perceptivelmente menor, muito menor do que o dado ao caso sulista. É fácil comprovar essa afirmativa ao se abrir os maiores portais brasileiros: o G1 e o UOL. A notícia está lá, mas sem destaque ou impacto. Faça um teste e carregue a página nesse exato momento.
Não se trata de diminuir a importância da dor catarinense, mas sim do menosprezo a do nordestino.
Não tenho aqui teorias e nem argumentos para justificar ou explicar essa diferença. Posso tirar algumas conclusões do pouco que li e ainda das experiências a mim contadas por amigos e conhecidos. A mais recente é de Julianna dando conta da extrema ignorância do povo candango com relação ao nosso estado e região. E olha que eles são nossos primos, visto que são em sua maioria filhos de nordestinos. Outro relato forte foi de Edinamária, que me contou o grande preconceito que sofreu na USP por parte dos alunos e até dos próprios professores, sendo até preterida de uma vaga no Mestrado.
Realmente não compreendo e deixo a explicação a pessoas mais capacitadas como a já citada Julianna e meu irmão Junior. Essa diferença, na verdade essa indiferença, só me entristece e deixa um gosto ruim na boca. Aquele sabor amargo ultrajante que só tem igual em coisas como o racismo, o preconceito sexual e étnico. Essas coisas que parecem só existir em lugares tão distantes, mas que está bem aqui no nosso país.
PS.: A CHESF prevê para sábado, dia 9, a invasão das águas do Parnaíba na avenida Maranhão.
Postado por Pedro Santiago às 10:01 2 comentários
segunda-feira, 4 de maio de 2009
A subida das águas
As águas do inverno que para o povo do nordeste e do Piauí são sinônimos de sede saciada e vida tornaram-se desespero na forma de milhares de famílias desabrigadas pelas enchentes.
Em todo Piauí mais de 25 mil pessoas tiveram que deixar seus lares fugindo das águas que parecem não parar de subir. Em 2009 não foi o Parnaíba o principal responsável pela calamidade, mas sim seu afluente mais poderoso que compõe junto ao primeiro a paisagem urbana da capital do estado. O Poty subiu 14 metros e meio desde o inicio das chuvas deixando um lastro de desespero na população que mora em suas margens.
Esperantina, Barras, União, Luis Correa, Ilha Grande, Parnaíba, Santa Cruz dos Milagres a lista continua até chegar a casa das duas dezenas de municípios com famílias desabrigadas. A Secretaria estadual de Defesa Civil se movimenta como pode e tenta agilizar a ajuda à essas pessoas, mas as dificuldades são muitas. Barras, por exemplo, está com todos os seus acessos terrestres cortados pelas águas. O Corpo de Bombeiros deslocou dois barcos em direção a cidade para que eles carreguem cestas básicas, colchões e cobertores para as vítimas.
União está com um bairro inteiro debaixo d’água; Barras ilhada; em Esperantina a cheia do rio Longá já fez desabar 20 casas. Cerca de 5000 romeiros que estavam em Santa Cruz dos Milagres passaram toda a madrugada de domingo e inicio da manhã de segunda isolados por conta das que águas cobriram as duas pontes que ligam a cidade.
A capital Teresina também foi fortemente atingida. Parte do bairro São João, na zona leste, foi coberto pelas águas do rio Poty. As avenidas Raul Lopes, Cajuína, dos Ipês(Ferroviária) e ainda a ponte Wall Ferraz estão interditas deixando o trânsito da cidade caótico. As pistas de rolamento onde antes passavam carros, agora fazem parte do leito do rio. Como diz a clássica definição de ilha, o shopping Riverside está interditado e arrodeado por água em todos os lados, além de interditado.
Os portais Acessepiauí e Cidadeverde.com, veículos que estão realizando a melhor cobertura dos eventos, dão conta de que as águas já invadiram a Avenida Marechal Castelo Branco. A prefeitura suspendeu as aulas nas escolas para atender aos desabrigados. Parte da zona leste da cidade está sem eletricidade já que a subestação de energia foi desligada em virtude da proximidade das águas.
Praticamente todas as secretarias do município estão empenhadas na ajuda aos desabrigados. “Tivemos uma noite muito difícil” disse o prefeito Sílvio Mendes hoje pela manhã com a fisionomia cansada.
A estrutura do Balneário Curva São Paulo, na zona sudeste da cidade, parece viver suas últimas horas já que parte dela já foi carregada pela forte correnteza do rio Poty. A Fundação Municipal de Saúde monitora as famílias desalojadas para controlar o risco de doenças de “transmissão hídrica e outras próprias de aglomerados humanos”, como diz a matéria da FMS.
Uma boa notícia veio da Chesf que diminui a vazão de água que saem das comportas de Boa Esperança, ação que deve minimizar em alguma coisa a situação. O velho Monge está mais de seis metros acima de seu leito normal e deve baixar em 10cm.
Mas como dito no inicio do texto quem preocupa as autoridades e a população é o rio Poty. A água que ainda não deu sinal de baixar pode subir ainda mais. Segundo a imprensa cearense, cerca de três açudes estão sangrando e suas águas caem no Poty. De acordo com a meteorologia existe a previsão de mais chuva em toda a bacia desse afluente do Parnaíba.
A prefeitura de Teresina continua evacuando áreas de perigo de enchentes e transportando famílias para colégios e ginásios. O programa Família Acolhedora, ação da PMT que paga R$150 reais para as famílias que aceitem desabrigados em suas casas, está em seu limite e enfrenta dificuldade para arranjar novos parceiros.
Quem dá mostras do desespero causado pelas águas é o prefeito de Barras Manin Rêgo: “Eu não sei mais o que fazer”, disse em entrevista a rádio Antares nesta manhã de segunda-feira.
O clima na cidade é tenso. A todo momento pode surgir a notícia de um novo bairro, município ou área atingida. O governador Wellington Dias fez um apelo para que as pessoas não viajem pelas Br’s e estradas estaduais, já que três pessoas já morreram arrastadas nessas vias.
O Piauí e Teresina vão dormir hoje com medo de descobrir se a força da natureza é capaz de piorar ainda mais a situação. Para quem mora perto dos rios a noite promete ser longa e poucos terão um sono tranqüilo.
Cidade de esperantina
Avenida Raul Lopes em frente oa Riverside Walk
Quiosques na Raul Lopes
Acesso ao Teresina Shopping pelo bairro São João
Avenida Marechal Castelo Branco
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sábado, 2 de maio de 2009
Minhas recém chegadas crianças
Adoro comprar cd e adoro ainda mais abrir os plásticos de cada novo disco. Nesse acote estão novidades e antigos amores juntos.
Quando terminar de pagá-los, vo comprar mais 8.
Ps.: Eu sempre quis ter o Ventura :)
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sexta-feira, 1 de maio de 2009
Inquérito, parte dois
Continuação da sabatina com o jornalista Pedro Santiago. Na primeira parte ele falou de sua história, humores e escrita aqui neste blog. Sua capacidade sedutora, acepção da loucura feminina e ainda jogos de sedução são discutidos neste segundo capítulo. “Eu realmente não sei onde estava com a cabeça quando inventei essa história de entrevista”, arrepende-se falsamente nossa cobaia.
George: Meu primo e cadê as lindas? Essa cidade tem mulher demais. Diz que são três para cada homem, então é bom tu agilizar porque já devem ter tomado no mínimo duas da tua cota. Cuida senão tu vacila.
Pedro: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Cara as mulheres estão por aí, aliás aqui nessa cidade é artefato que não falta, mas as coisas são um pouco mais complicadas pra mim....
George: Tu é muito é fresco.
Pedro: .....
Gustavo: George, o Pedro é um pilantra e eu digo isso porque eu posso e conheço. Todo mundo fica pensando que ele é um santo, certinho e tal, mas eu sei que santo é o caralho e não ele. Quem quiser que ache que ele tá quietinho coisa e tal, mas eu sei que ele tem esse jeitinho todo mineirinho. É o chamado come quieto.
Pedro: Gustavo, muito me lisonjeia essa tua visão, mas ela não é verdadeira em nada. Primeiro que tenho quase certeza que quase ninguém mais acha, se é que já achou, que sou santo ou quietinho. Isso é uma coisa que ficou no passado e sou muito contente disso já que não quero ser exemplo para absolutamente porra nenhuma nessa vida. Por outro lado também não sou esse pegador silencioso que você tá vendendo. Acho que fico no meio desses dois painéis.
Gustavo: Pedro, mas tu num presta!
Pedro: Meu chapa e quem diabo é que presta nesse mundo?? Tu presta, miséria?? É como a Julianna diz, “Ninguém vale nada”.
Julianna: Isso é verdade mesmo.
Gustavo: Ela fala isso tirando de seu própria conta...(risos) Mas enfim, eu q te conheço viu picareta.
Pedro: ....... Wilton: Pedro, um assunto que sempre falamos muito foi da loucura feminina.....
Catarina: Eu não acredito que vcs vão falar sobre isso não....
Wilton: Calma Catarina. Então Pedro, tu realmente acha que todas as mulheres são loucas?
Julianna: eu acho.
Pedro: (risos) Cara, ainda não conheci uma que não seja.
Catarina: Muito fácil ficar falando assim e vcs?? São todos bonzinhos e racionais??
Wilton e Pedro(juntos): Eu não falei isso.
Pedro: Olha o que eu acho é o seguinte: as mulheres realmente parecem ter umas loucuras que lhes são muito peculiares. E a loucura sobre a qual estou falando é aquela relacionada às atitudes extremadas com relação a seu parceiro e não de outras. É pirar porque o cara foi tomar uma na Adélia ou jogar bola com os amigos; e sempre tem aquela do ciúmes sem explicação alguma. Minha mãe tinha ciúme do meu pai e de uma mulher que devia pesar uns 100 quilos!!!! “Rapaz, se o papai trair a mamãe com essa mulher ele é o diabo mermo viu”, pensava comigo. Aí depois de muito tempo ela começou a dizer que essa gorda era apenas uma intermediária e que o papo era com outra mulher. Ou seja, são coisas muito extremadas. Eu e todos os caras aqui temos uma porrada de histórias para contar sobre esse tema. O ciúme é uma coisa com a qual eu definitivamente não sei lidar e isso é uma constatação séria. Mais um motivo para eu pedir o telefone da Diana para Julianna.
Julianna: Eu vou te dar.
Pedro: Muito obrigado. Mas por outro lado faço aqui uma mea-culpa da loucura feminina. Com exceção daquele ciúme que vê fantasminha e tal, eu acho que muitos dos comportamentos pirados de nossas mulheres se devem ao jeito de ser masculino.
Wilton: Fica na tua doido.......
Pedro: (risos)......não cara, deixa eu falar. O que quero dizer é que talvez nós lidássemos de forma parecida com elas em relação a certas circunstâncias. Já pensou se essas mininas jogassem vôlei toda semana e depois fossem tomar uma cerveja no bar? Aqui eu conheço a todos vcs muito bem e posso dizer que a receptividade não seria muito boa não.
Gustavo, Wilton, Ivo e Hérlon (juntos): mas é diferente!!!
Neto: Eu num acho diferente não.....
Pedro: Eu também acho diferente(risos), mas vocês já pararam para pensar sobre isso? É verdade que acho que nenhum de nós iríamos encasquetar com os comentários das meninas em relação a bolsa de uma cara achando que elas estavam, na verdade, falando da bunda do cidadão. Como aconteceu com uma pessoa aqui presente.
Priscilla: Vai- te a merda, Pedro. Tu já vai falar nessa história de novo?
Pedro: Mas não é verdade? Tu ainda hoje tem certeza que a gente tava falando de alguma característica física da dona da bolsa que eu inclusive não identifiquei.
Hérlon: Era a de branco.
Ivo: Eu pensei que fosse a de roxo.
Priscilla: Eu num disse que vcs sabiam quem era!!!
Pedro: Minha amiga, o que eu sei é que vi aquela bolsa enorme que tinha uma cadeira só pra ela. Eu comentei sobre isso e nada mais. Naquele troço cabia até a Mayana dentro.
Mayana: owwwww Pedro
Wilton: Então nem era tão grande.....(Mayana dá um beslicão no braço de W. Filho)
Pedro: O fato é que a situação existiu, essa coisa extremada da qual estou falando. Me lembro de uma lance que ocorreu comigo. Estava ali perto do Escolão do Mocambinho e liguei para a Rochelle dizendo que estava em casa e que dali a pouco chegaria a sua. Minha intenção era fazer uma surpresa. Ao escutar minhas palavras ala afirmou, muito séria, que tinha acabado de ligar para minha casa e papai havia dito que eu saira há pouco tempo. “Sim e eu não posso ter chegado não”, perguntei. “PEDRO, TU TA AONDE HEIN??”, questionou ela severamente. Percebendo que a conversa descambava, entreguei o jogo. Quando chego em sua casa ela pergunta: “Pedro, tu tava aonde?”. Eu pacientemente repito toda a história e por fim ela diz: “Tu tava bem ai no escolão e demorou 20 minutos para chegar aqui?”. Meus amigos, a distância em que me encontrava deveria ser de uns 300 metros ou pouco mais de um quarteirão da casa dela, ou seja, para demorar esse tempo só se fosse de joelhos até lá (risos).
Rochelle: Mas tu demorou esse tempo mesmo (risos)!
Pedro: (risos)........
Wilton: Eu também tenho uma para contar......(Mayana lhe dá outro beslicão)...... eu tinha, mas já esqueci.
Gustavo: Mesti, eu tenho é uma carrada dessas daí.
Hérlon: (com cara cínica) Rapaz, eu não tenho nenhuma história dessa pra dizer não. Todo mundo sorri ao mesmo tempo.
Cynthia: (vermelha) Mas tu tá engraçadinho né?
Hérlon: Oxente, o que foi que eu fiz?????
Cynthia: Chegar em casa a gente conversa viu.....
Pedro: Eu fiz essa mea-culpa, mas existe ainda uma fator que merece evidencia. As mulheres, pelo menos a maioria, não tem aquele laço de amizade tão forte quanto o masculino. A gente se encontra pra jogar bola, tomar cerveja, jogar vídeo-game, ping-pong, assistir a um jogo e ainda a outras coisas mais como ir a uma pescaria, caso específico da minha família. Poucas são as turmas femininas que tem algo parecido, no máximo vão ao Salute no sábado à tarde. Não estou aqui dizendo que elas não se juntem para saírem a noite, por que fazem isso sim. Entretanto, nesses casos, o motivo da saída para ser a própria saída em si e não as pessoas com quem se vai. Essas últimas, ao meu ver, parecem mais o tempero. No caso masculino, a cerveja, por exemplo, é o pretexto para nos encontramos. Então, eu acho que isso é um atenuante para os homens e que merece a devida atenção.
Gustavo: Vamos mudar de assunto....
Todos: “Vamos”
Gustavo: Voltando a história que o George começou, se tem um negócio que não entendo e vcs até já falaram sobre isso, é esse papo de tristeza falando aí do Pedrocas. Deixa o cara meu irmão. Pedro, vida boa é de solteiro e gosto de ti é assim. Não que eu não goste de você namorando, mas gosto mais ainda de tu como tá agora. Tá ligado? Rapaz, tu sabe que eu te amo de todo jeito num é filho da puta?
Pedro: Sei sim.
Gustavo: Então pronto, nem preciso ficar me explicando. Mas fico puuuuuuuto, eu fico, com esse papo do povo: “ahhhhhhhhhhhhhhhhh Pedro tá assim, o Pedro tá assado”. Meu irmão vai tomar no cu e deixa o cara em paz.
Pedro: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Valeu Gustavo.
Gustavo: Vai à merda.
Pedro: Sobre isso quero dizer algumas coisas especificamente. Primeiro: não me chateio nenhum um pouco com quem acha q estou triste e nem com vc(Gustavo) por gostar mais de mim quando estou solteiro. Afinal o senso comum diz que eu mudo quando namoro e eu sei que já vacilei muito sobre essa questão. Segundo: Eu pergunto quem é aqui que inicia um namoro e não muda?? Eu quero saber é quem tem a audácia de dizer isso?? Daniel já me disse que mudo, Priscilla, Neto e quase todo mundo, mas e vcs não mudam?? Eu é que não vou contar aqui as inúmeras diferenças que sinto em cada um de vcs depois de iniciarem um relacionamento, afinal essa entrevista é sobre e mim e nem sei se tenho a autorização para isso. Mas uma coisa é certa, vcs mudam sim e muito. Uns mais do que outros, mas sempre existe diferença. Isso é demérito, motivo para se envergonhar?? Não, é obvio que não! Vc solteiro se porta e vive de uma forma exatamente pela sua condição e quando namora tem que mudar alguma coisa porque afinal vc arranjou uma pessoa que vai ocupar a maioria do seu tempo. Solteiro vc sai mais e praticamente para qualquer lugar e ainda responde a quase todos os convites, mas depois que começa a namorar pouco faz essas coisas. “Eita, o Pedro mudou demais num é”?, ficam logo dizendo. Ahhhhhhhhhhhhh merda. Querem o que? Que continue indo a qualquer lugar, a um pagode, ao giramundo, raízes ou a um cabaré depois de começar a namorar?? É claro que não. Eu não faço isso, assim como a maioria das pessoas também não. É uma coisa natural. Mas não, só quem muda sou eu. A diferença aqui é que eu noto as mudanças, mas procuro compreender e assimilar, mas, com algumas exceções, os outros não.
O Junior: Deuses, o minino se revoltou.....Ok vamos falar de um assunto correlato. Pedro, o que tu acha do jogo de sedução??
Pedro: Sobre esse assunto eu só conheço Teresina, mas posso dizer que eu, particularmente, não gosto. Não faço gosto porque já existem papeis pré-determinados nesse jogo e acho isso um saco. “Não vo ficar com o cara hoje pq senão ele vai me achar fácil”; “Se ela disse não então é porque quis dizer sim”; “Eu to afim dele mas não vou dar mole não”; esses são alguns exemplos de como funciona. Eu gosto da coisa o mais real possível, se tá afim de ficar fica; se quer dizer sim diga e num fique com onda não. Eu prefiro desse jeito, mas é verdade que sou exceção nesse oceano de gente. Até entendo as mulheres se portarem assim porque afinal das contas o mundo não é do jeito que queremos e temos de nos adequar e nele viver da melhor forma possível. Não quero com isso dizer que precisa ser uma conformação ao jeito em voga, acho apenas que dá pra adequar a nossa maneira. Hoje em dia, seja na primeira conversa ou na última, eu não sei ser outra pessoa que não eu.
Daniel: E algum dia tu quis ou se mostrou ser outra pessoa?
Pedro: Não..... quero dizer, mais ou menos. Deixa eu explicar. O cara faz o que acha que pode dar certo e quando não se tem experiência, o certo parece ser fingir essa experiência. É aquela coisa de ser mais galanteador e inteligente do que de fato vc é. Nem acho que isso tenha sido um caminho muito trilhado por mim, já que namorei desde muito novo, mas acho que já me portei assim em alguns momentos. A questão é que hoje não dá mais não. Se quiser é desse jeito aqui mesmo e pronto. Ainda sobre esse assunto temos aquela velha pendenga aonde as mulheres daqui chamam os homens de moles e esses acham as primeiras frescas. Essa visão é interessante porque ela acaba promovendo coisa nenhuma, já que o cara não vai dar em cima pq a minina é fresca e doidinha num vai dar trela sabendo que o cara é mole. Ficam elas por elas. Claro que do jeito que to falando aqui parece que nada acontece nas saídas da noite, mas não é isso que quero dizer. Meu argumento é que os atos ficam muito, mas muito aquém dos desejos, ou seja, se houvesse uma maior decisão as coisas aconteceriam mais e com mais naturalidade. Aqui mesmo nessa turma num tem nenhum pegador e quantas vezes a gente já saiu e fulano ficou afim de doidinha tal e nada rolou?? Muitas vezes, eu digo com certeza.
Gustavo: Eu sou um quibe.
Wilton: E eu um Pastel.
Hérlon: ........
Neto: Nessa questão eu num mereço nem comentários......
Pedro (risos): Fico entre o quibe e o pastel com uma pouco mais de atitude, penso eu humildemente.
Próximo Capítulo: Quem sou eu???
Postado por Pedro Santiago às 15:45 1 comentários